No próximo dia 12 de outubro estreará nos cinemas brasileiros o novo filme de roteiro e direção de J.J. Abrams (Lost, Fringe, Cloverfield, WhatAbout Brian) e produção executiva de Steven Spielberg Super8. A história de pequenos jovens que presenciam um misterioso acidente de trem e o caos na pequena cidade de Lilian, nos Estados Unidos, vem como um pacote cheio de aventura e diversão, um clássico instantâneo para toda a família.
As comparações com Os Goonies (filme dos anos 80 também sobre um grupo de jovens que saem em busca de um navio pirata) choverão pela crítica, mas eu prometo fazer apenas a seguinte: o filme acerta em cheio sobre transformar a vida ordinária de pequenos jovens em algo magnífico e muito maior do que todo mundo imagina, em escala muito maior do que Os Goonies fizeram, mas infelizmente não tão épico quanto o clássico. De maneira geral o filme não tem um apelo tecnológico como, por exemplo, Transformers tem o que particularmente me deixa muito feliz. Transformers é tecnicamente lindo, mas tem uma péssima finalização, sendo que fora a Computação Gráfica, efeitos de luz, e explosões todo o resto do filme é genérico e medíocre.
Mas enfim, Super8 foge dessa linha. A atuação é perfeitamente adequada ao filme, o enredo é misterioso e surpreendente da maneira certa, efeitos sonoros estão impecáveis, só senti um pouco de falta de uma trilha sonora mais arrebatadora. Se formos comparar com Lost, a trilha sonora é certeira em momentos de tensão e descobertas - coisa que eu particularmente vejo nas produções da BadRobot (vide Fringe). Eles fazem bem, mas acho que podiam ser melhores. E como eu disse antes, os efeitos especiais são na medida certa, balanceados, e muito, mas muito caprichados.
Ainda sim o filme faz aquilo prometido quando anunciado: uma homenagem a todos os “presentes” que Spielberg deixou ao longo das ultimas décadas. O ponto alto do filme fica com o ar clássico que o filme tem, apesar de ser mais maduro em algumas cenas de terror, coisa que eu não recomendaria para crianças, mas que com certeza os adolescentes e adultos vão adorar. Aquilo que Abrams faz com seriados, inclusive WhatAbout Brian que é considerado do gênero “dramédia”, obviamente não funcionaria em um filme, mas mais uma vez fomos surpreendidos com uma direção e fotografia impecáveis, melhores do que a direção do ultimo Star Trek.
No caso de Super8eu prefiro me abster da palavra sobre toda a história e os detalhes irrelevantes e apenas dizer: aos fãs de Spilberg e de seus mais clássicos filmes, Adams e de todo o seu poder de carregar o espectador ao transformar uma ideia simples em um grande mistério, ou aqueles que não estão tão interessados em Super-Heróis e já viram Harry Potter, Super 8 sem sombra de dúvidas é a melhor opção nos cinemas a partir da próxima sexta-feira.
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