Será o fim dos tempos?

O calendário Maia acaba em dezembro de 2012, o que gera, por parte de profetas do apocalipse do mundo inteiro, um alardeamento de um fim próximo da humanidade.

Não que eu acredite que o mundo ou a humanidade acabará em 2012, mas se o ser humano não mudar suas praticas predatórias e de desenvolvimento baseado extremamente na exploração da natureza e de outros homens caminharemos para um colapso na sobrevivência do homem na Terra.

O ano de 2010 e o começo de 2011 foram e estão sendo marcados por diversos desastres naturais no Brasil e no Mundo: alagamentos, desmoronamentos, incêndios imensos, secas,... Esses são exemplos nítidos do desequilibro ecológico para o qual o ser humano tem contribuído, principalmente, nos últimos 100 anos.

Importante comentar que o desastre recente no Japão, terremoto seguido de maremoto, nada tem a ver com a intervenção humana que estamos expondo. Essa catástrofe foi causada pelo movimento de placas tectônicas que estão a centenas de quilômetros abaixo de nossos pés e já fazem esses movimentos há milhares de anos, assim não existe nada que o homem possa intervir nesse processo.

Contudo, esse tipo de acontecimento nos lembra de quanto a Terra é um organismo em constante mutação em diversos aspectos, no âmbito de ocupação do solo e o climático o homem está intervindo no planeta como nunca ocorreu e toda ação traz uma reação.

A crença exarcebada do cientificismo mecanicista fez a humanidade achar que poderia controlar e subjugar a natureza, porém cada vez mais percebemos que essa crença está errada.

A Terra tem cerca de 4,5 bilhões de anos e o ser humano (homo sapiens) somente cerca de 200 mil anos, ou nos conscientizamos que o nosso planeta é maior que nossa existência e tentamos viver em harmonia com a natureza ou, realmente,a humanidade estará fadada a acabar de forma trágica enquanto a Terra seguirá o seu caminho com outras espécies de animais, e quem sabe alguma mais inteligente e menos egoísta que a nossa.

Quero acreditar que 2012 não venha como um anúncio de fim do mundo e sim representar a inauguração de uma nova era com mudanças de conceitos e o modo de viver dos humanos.

Eduardo Reiner

Auditor Fiscal do Trabalho.

Bacharel em Direito pela UFPR.

Pós Graduado em Direito Constitucional pela Unisul.

Pós Graduado em Direito do Trabalho pela Anhanguera

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