Não e difícil ver literalmente dezenas de propagandas e promoções de tablets nesse final de ano. Mesmos com os preços ainda salgados, muitos de nós resolvemos entrar nessa nova mania. Finalmente tive a oportunidade de testar o Motorola Xoom, e devo dizer que o brinquedo impressiona, mas prova que os tablets não são para qualquer um.
No meio de varias opções, o Xoom se destaca pela saida microHDMI e microUSB e uma versão do Android Honeycomb limpo, ou seja, sem mudanças na versão nativa do software, ao contrario do que a Motorola faz em seus celulares, ou a Samsung fez em seus novos tablets Galaxy. A diferença é sutil, mas a velocidade de processamento (apesar de usarem o mesmo processador e a mesma memoria ram) é visivelmente mais rápida no Xoom, em comparação ao Galaxy Tab.
O aparelho é meio gordinho - mais grosso e pesado de que muito de seus concorrentes. Diferente do iPad, o aparelho foi feito para se ver em modo paisagem, com uma proporção widescreen, como as das mais novas TVs, o que deixa o aparelho otimo para navegação, jogos e vídeos. A outra grande diferença em relação ao iPad está no software. Nunca é demais dizer que o Android não é pra qualquer tipo de usuário. Algumas vantagens - como uma multitarefa muito intuitiva e funcional, coisa que falta nas iCoisas - são ofuscadas por algumas dificuldades e incompatibilidades encontradas no Android. Essa inconsistência chega a irritar, ainda mais quando aplicativos simplesmente ficam lentos ou simplesmente travam, problema que o iOS, sistema da Apple, também sofre.
Mas vale a comprar um tablet? A resposta não e simples. Com poucos dias de uso percebi que ele se encaixa perfeitamente entre um smartphone e um PC. Este artigo, por exemplo foi escrito no Motorola Xoom, mas o acabamento, a revisão e as correções necessitaram do PC. Algumas vantagens de toda a sintonia da conta do Google a mobilidade de levar o aparelho para a escola ou o trabalho ajudam na decisão de alguns, e se eu tivesse um teclado USB comigo, com certeza não precisaria do PC para finalizar o meu trabalho. Este aparelho em especial permite customizações que o aparelho da Apple não permite, mas ainda sim as mudanças não são simples de se realizar.
Para quem trabalha com edição de imagens ou algo mais pesado, o ideal continua sendo um PC, ainda mais se compararmos os preços. Mas a sensação de chegar em casa e poder ver e-mails, noticias, anotar uma ideia, assistir um filme ou ouvir uma música, tudo na palma da mão, sentado no sofá de casa, é algo novo, que aliado com as novas tecnologias, o bom e velho PC e um pouco de dedicação (e paciência) para o aprendizado, os tablets tem um futuro certo dentro das bolsas de um mundo globalizado que cada vez mais anseia por mobilidade.
Por: Nicolas Augusto Milanes
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