
Ter esperança requer primeiramente ter Fé. Necessitamos acreditar, perseverar e apostar nossas ultimas fichas na sobrevivência humana e seu reencontro com sua humanidade. À custo, da dor ou não, persistir na fé é hoje enxerga outra história para nós mesmos.
Renovar as esperanças e acreditar na humanidade, ainda que ela esteja cética com relação ao seu futuro, é renovarmos nossas expectativas de permanência no mundo. É darmos valor a vida e as relações humanas baseadas na fraternidade e solidariedade. É encarar o mundo com sentimento de pertencimento e fundamentalmente de Fé.
No entanto, entre guerras, crises econômicas e sociais, discordâncias e indefinições de futuro, num mundo no qual a barbárie está tão presente, é possível ter esperança? É possível caminhar ao encontro de outro mundo?
Pudéssemos nós mesmos, seres humanos lançados à incerteza construirmos outro caminho, atrelado a consciência e principalmente aos marcos da dignidade humana?
Sem dúvida, se podemos ou não é uma incógnita. Porém homens e mulheres provam todos os dias com atitudes amorosas, fraternas e solidárias para com o próximo que outro mundo é possível, e lutam sem cessar pela permanência da existência humana.
Provando que, muito mais que nossos desejos pessoais, estamos num momento em que suplicar pelas ânsias coletivas é fundamental para sobrevivência humana. Remeter-nos ao conjunto dos problemas sociais, a ponto de propormos mudanças, afim de que tenhamos avanços significativos no progresso humano é essencial, visto a tardança que presenciamos na execução dos direitos básicos humanos e de politicas públicas que garantam o bem estar social.
Portanto, obter conquistas na esfera pessoal, de caráter econômico, não significa manter se feliz, visto as desigualdades e a violência tão presente em nosso cotidiano. Ao contrário, obter conquistas na esfera pessoal, de caráter econômico, apenas aprofunda as desigualdades sociais vigente na atualidade. Todavia não acredito que isto seja a razão primordial dos problemas sociais existentes entre pobres e ricos, no entanto a neutralidade daqueles que nem pobres e nem ricos exercem sobre a realidade, se abstendo principalmente da luta por igualdade social, é sem dúvida um agravante que apenas fortalece a exploração dos ricos sobre os empobrecidos.
Não obstante, a ausência de politicas mundiais, articuladas de distribuição de renda e de combate a pobreza, evidencia a gravidade da concepção competitiva e individualista que muitos governantes assumem, colocando em cheque a vida de milhões de homens e mulheres que esperam ao menos um pedaço de pão.
Deste modo sabemos o que esta em jogo.
As relações humanas encasteladas nas leis do consumo, o mundo suplicando por paz e preservação, homens e mulheres na luta por pão e moradia, mostram a falência do projeto neoliberal e dos argumentos individualistas que cercam as consciências de hoje.
Está em jogo o futuro, a consciência humana, as instituições sociais, a paz. Profundamente nós mesmos. E agora?
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