Por Rudá Morais Gandin
Falar sobre educação nunca é uma
tarefa fácil, ainda mais quando o objetivo é conceitua-la. Mesmo porque, todos
(as) estamos envolvidos, de alguma maneira, com a educação e, por diversas
vezes, nos sentimos responsáveis pelos processos que implicam naquilo que
denominamos: educação. Portanto, conceituar tais processos denominados educação
é um grande desafio - diante da sempre presente necessidade do enredado social -,
a fim de melhorar a prática educativa em espaços formais e não formais de
educação e, por último, de contribuir no aperfeiçoamento do pensamento humano
acerca dos conceitos referentes à educação, de modo a produzir nos envolvidos
com esta temática a clareza necessária para tornar, quando na escola ou fora
dela, sua prática emancipadora.
A educação, ainda que possamos assimila-la
com os efeitos de transmissão de algum tipo de conhecimento, tem se mostrado -
no mundo contemporâneo - muito mais ampla. Pensando nisso, podemos imaginar
que, para além da escola, a educação perpassa os muitos espaços onde existem
homens ou mulheres; crianças ou jovens; adultos ou idosos. A educação tem a
ver, segundo Durkheim pela “ação exercida pelas gerações adultas sobre aquelas
que ainda não estão maturas para a vida social”, em outras palavras, educação é
todo o processo de transferência de valores, regras e costumes de uma geração
para outra, a fim de que a geração mais nova possa ingressar na vida social.
Contudo, esta definição de educação, ainda, não basta.
Nestas proporções, educação é
todo movimento exercitado pelos seres humanos a fim de perpetuar,
resumidamente, a própria espécie. Dito isso, a educação acontece em todo lugar,
seja em: casa, no trabalho, na escola, no hospital, na família ou com os amigos.
Todo lugar é lugar do fenômeno educativo e, portanto, de aprender e ensinar. Em poucas palavras educação é a transmissão por
algum individuo para o outro – de um determinado valor desconhecido do primeiro
para o segundo, ou do segundo para o primeiro - seja intencionalmente ou não,
que garanta a internalização de hábitos, crenças e valores. Toda educação, ou
seja, todo fenômeno educativo, é, em última análise, reflexo da sociedade em
questão e tende a ser o contorno e os anseios de seus indivíduos para consigo e
com os outros.
A educação é uma construção coletiva
e social, essencial para a edificação humana, todavia a preocupação deve ser:
que homens e mulheres, por meio da educação institucional quando olhamos para a
escola, queremos formar?
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