segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O IDEB e a qualidade da educação municipal

O IDEB e a qualidade da educação municipal.

Os sistemas de ensino, a fim que possamos analisa-los no âmbito da qualidade educacional, necessitam de algum mecanismo de avaliação. Na melhor das hipóteses, necessitam de um instrumento para que professores, pais, governo e sociedade em geral acompanhem e verifiquem se a escola tem cumprido com êxito sua função primordial: ensinar.

Nesta perspectiva, como resposta as demandas da sociedade referente à educação o Governo Federal lança em 2007 o PDE – Plano de Desenvolvimento da Educação, que tem como objetivo tornar a educação básica brasileira melhor. Para tanto, cria também como medida avaliadora o IDEB: Índice de Desenvolvimento da Educação Básica que tem por finalidade medir a qualidade da oferta na educação básica brasileira.

O IDEB, numa escala de zero a dez, é um indicador de qualidade educacional baseado no desemprenho escolar dos alunos em avaliações organizadas pelo Ministério da Educação: Prova Brasil ou SAEB, e nos dados de aprovação, reprovação e abandono nas redes de ensino de estados e municípios e nas escolas, medidos pelo Censo Escolar. Esses dois fatores somados resultarão em médias que indicarão a qualidade da educação em cada escola, no estado e no País. Neste entendimento, com base nos resultados obtidos pelos Países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), ao lançar o IBEB o governo brasileiro pretende até 2022 que a educação básica alcance média seis, igualando as médias dos países desenvolvidos.

Em São José dos Pinhais, segundo o último indicativo de qualidade proporcionado pelo IDEB, demonstra que a educação no município tem melhorado. A média obtida pela cidade foi, em 2009, de 5.1, três pontos a menos que a média estadual, todavia obteve quatro pontos acima da média municipal projetada pelo MEC para o respectivo ano.

Em que pese o IDEB possa ser responsável por inúmeras críticas ao modelo de avaliação proporcionado pelo Ministério da Educação na educação básica, as metas obtidas pelas escolas tem servido de estímulo para a melhora educacional brasileira nos últimos anos. Todavia, o IDEB não consegue dar conta em muitos aspectos do processo de ensino-aprendizagem que resultem numa média da qualidade educacional, como por exemplo: as condições socioculturais internalizadas neste processo.

No mais, é evidente a necessidade de instrumentos de avaliação, sem eles dificilmente conseguiríamos saber onde estamos e, portanto, onde queremos chegar. Nesta perspectiva o IDEB é um avanço, porém, ainda não é o ideal.


[1] Graduando do curso de Pedagogia da Universidade Federal do Paraná.

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