Responsável pelo projeto a Voz do Professor, a fonoaudióloga da Secretaria Municipal de Educação, Deisi Pfutzenreuter, visita as escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) para conversar com os professores e educadores e saber se eles possuem queixas vocais. “Caso tenham esse histórico são inseridos no projeto e recebem convites para participar dos grupos de técnica vocal”, explica Deisi.
Foto: Sergio Sabino - A fonoaudióloga Deisi Pfutzenreuter visita escolas e CMEIs em busca de professores e educadores com queixas vocais.
Nos grupos são ensinadas técnicas de produção de voz específica para salas de aula, com o volume adequado e utilizando músculos que causem menos cansaço aos educadores. “São técnicas preventivas, porque os professores trabalham com aproximadamente 25 crianças e precisam usar a voz em volume elevado durante quatro, seis e até oito horas por dia. O gasto e o cansaço muscular da profissão é muito grande”, afirma a fonoaudióloga.
Segundo Deisi, um grande número de professores sofre de patologias das pregas vocais por conta do uso extremo. “Algumas ações preventivas podem reduzir o risco, como por exemplo, ingerir líquidos. Os professores acabam se esquecendo de tomar água durante o dia, o que é essencial”, destaca.
Além disso, os professores que possuem maior dificuldade têm a opção de utilizar microfones. Atualmente são 200 pessoas na rede municipal de ensino que usam o equipamento para facilitar o ensino nas salas de aula. É o caso da professora Nilvânia Braga de Oliveira, que há três anos dá aula para turmas de primeiro ao quinto ano do ensino fundamental. “Não fico mais sem o microfone, mas aprendi também algumas técnicas e cuidados para manter a qualidade da voz”, conta.
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