
O número de matrículas em instituições federais de educação superior (IFES), nos últimos dez anos no Brasil, tem aumentado. Segundo o censo realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), divulgado nesta semana pelo Ministério da Educação – MEC, o Brasil quase duplicou o número de estudantes neste nível de ensino. Não apenas isso - aumentou também o número de concluintes nos diversos cursos de graduação nas variadas IFES pelo país. Diante deste cenário, o presente texto fará uma breve análise deste momento peculiar de expansão do direito a educação pública superior no Brasil, de modo a apresentar alguns dados que servirão de reflexão para os caros leitores e interessados nas mudanças que estamos presenciando em movimento.
No decorrer de 2001 a 2010, nosso país vivenciou algumas transformações no que diz respeito ao ensino superior, em especial nas Instituições Federais de Educação Superior – IFES, prova disso foram às criações e expansões de universidades e faculdades, o que gerou vagas e consequentemente a exposição de uma demanda latente, que gostaria de ingressar nas IFES, mas não pôde por falta de vaga.
Todavia o movimento elaborado pelo Estado na época - nestes dez anos - se mostrou inovador, posto que o ensino superior sempre permanecesse disposto, apenas, a agrupar os filhos da burguesia, ou seja, dos mais ricos. Neste sentido – inovador - o Estado promoveu, em conjunto com diversas faculdades e universidades, a implementação do sistema de cotas, que favoreceu a grande maioria pobre da população que por muito tempo se olhou fora das IFES. Dessa maneira, o acesso as IFES passou a ser tema de discussão do conjunto da sociedade, o que colocou em cheque universidades e faculdades destinadas apenas para brancos e ricos.
Em tempo, segundo o levantamento elaborado pelo INEP, os números demonstraram um aumento de quase 50% das matriculas nas IFES. Segundo o censo, no ano de 2001 o número de matriculas nas IFES era de 504, 797, dez anos depois, em 2010, o número de matriculas aumentou para 938.656, o que no concreto, demonstra a expansão deste espaço público para um conjunto maior de indivíduos da sociedade, ainda que seja pouco, é evidente que devemos assegurar que tais números continuem aumentando, de modo que possamos nos usufruir certo dia de uma Universidade Universal e de excelência.
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