quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Professores da rede estadual fazem dia de paralisação

Em passeata sob forte chuva em Curitiba, profissionais pediram adoção do piso salarial nacional, redução do número de alunos por turma e garantia da hora-atividade

Os professores da rede estadual de ensino do Paraná paralisaram as atividades no último dia e 30 realizam manifestações em Curitiba e outras cidades do estado. Os profissionais reivindicam a implementação do Piso Salarial Profissional Nacional, um novo modelo de atenção à saúde, realização de novos concursos e auxílio transporte para todos os funcionários. Além disso, os professores cobram o cumprimento integral da lei, garantindo que um terço da jornada seja destinada para a hora atividade, que inclui o planejamento de aulas e correção de provas e trabalhos.

Na capital, cerca de duas mil pessoas estavam na concentração da manifestação na Praça Santos Andrade, segundo a Diretoria de Trânsito (Diretran). Sob forte chuva, os professores seguiram em passeata até o Centro Cívico e mais tarde, o grupo foi até a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) acompanhar a votação do reajuste salarial.

História

A data escolhida pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Paraná (APP-Sindicato) é simbólica e lembra os 23 anos do episódio em que, após 22 dias de greve da rede pública de ensino, professores, pais de alunos, representantes de entidades sindicais e líderes religiosos entraram em confronto com mais de trezentos soldados da Polícia Militar que cumpriam ordens diretas do comando geral da entidade. Dezenas de professores ficaram feridos e muitos foram presos pela PM. Na época, o então governador, Álvaro Dias, e seu secretário da Segurança, Antônio Lopes de Noronha, afirmaram que a polícia teria agido com "civilidade" no caso.

Projeto

O governo do estado elaborou um anteprojeto de Lei Complementar para reajuste salarial dos professores da rede pública de ensino. Na proposta, aprovada na Assembleia Legislativa (Alep), o poder público do Estado sugeriu um aumento de 5,83% nos vencimentos dos docentes, em duas parcelas.

Com a aprovação, o governo do Estado fará o pagamento retroativo de 3% sobre o vencimento de julho no próximo mês. A segunda parcela será efetuada em outubro, com um aumento de 2,83% no salário.

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