
Em passeata sob forte chuva em Curitiba, profissionais pediram adoção do piso salarial nacional, redução do número de alunos por turma e garantia da hora-atividade
Os professores da rede estadual de ensino do Paraná paralisaram as atividades no último dia e 30 realizam manifestações em Curitiba e outras cidades do estado. Os profissionais reivindicam a implementação do Piso Salarial Profissional Nacional, um novo modelo de atenção à saúde, realização de novos concursos e auxílio transporte para todos os funcionários. Além disso, os professores cobram o cumprimento integral da lei, garantindo que um terço da jornada seja destinada para a hora atividade, que inclui o planejamento de aulas e correção de provas e trabalhos.
Na capital, cerca de duas mil pessoas estavam na concentração da manifestação na Praça Santos Andrade, segundo a Diretoria de Trânsito (Diretran). Sob forte chuva, os professores seguiram em passeata até o Centro Cívico e mais tarde, o grupo foi até a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) acompanhar a votação do reajuste salarial.
História
A data escolhida pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Paraná (APP-Sindicato) é simbólica e lembra os 23 anos do episódio em que, após 22 dias de greve da rede pública de ensino, professores, pais de alunos, representantes de entidades sindicais e líderes religiosos entraram em confronto com mais de trezentos soldados da Polícia Militar que cumpriam ordens diretas do comando geral da entidade. Dezenas de professores ficaram feridos e muitos foram presos pela PM. Na época, o então governador, Álvaro Dias, e seu secretário da Segurança, Antônio Lopes de Noronha, afirmaram que a polícia teria agido com "civilidade" no caso.
Projeto
O governo do estado elaborou um anteprojeto de Lei Complementar para reajuste salarial dos professores da rede pública de ensino. Na proposta, aprovada na Assembleia Legislativa (Alep), o poder público do Estado sugeriu um aumento de 5,83% nos vencimentos dos docentes, em duas parcelas.
Com a aprovação, o governo do Estado fará o pagamento retroativo de 3% sobre o vencimento de julho no próximo mês. A segunda parcela será efetuada em outubro, com um aumento de 2,83% no salário.
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