
Poder ir a qualquer lugar sem depender de carona, nem do busão lotado e, ainda por cima, gastando uma merreca com combustível e manutenção. Olhando assim, ter uma motocicleta é um baita negócio. Ao menos é o que pensam muitos jovens na faixa dos 18 anos, loucos para ganhar as ruas sobre duas rodas.
Porém, as estatísticas mostram que essa sensação de liberdade esconde um perigo constante. De acordo com o Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR), de janeiro a maio deste ano, ocorreram 1.399 acidentes envolvendo motocicletas na capital paranaense, sendo 1.236 situações com vítimas – saldo de 1.103 motociclistas feridos e 11 mortos. Em apenas 163 casos não houve vítimas (menos de 12%). Faça a conta, então: baseado nessa estatística, um motoqueiro que se envolve em um acidente na capital tem 88% de chances de se machucar – ou coisa pior.
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Frota

Enquanto isso, a frota de motocicletas e motonetas na cidade só aumenta. Em maio de 2007, eram 106 mil veículos desse tipo; em 2008, o número subiu para 112 mil e, em 2009, chega a 122 mil motos.
Pensando nisso, campanhas como Trânsito: Respeito ou Morte. Você Escolhe o Caminho, lançada recentemente pela Rede Paranaense de Comunicação (RPC), em parceria com a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) e Diretoria de Trânsito de Curitiba (Diretran), tentam alertar – inclusive os motociclistas – para o cumprimento das leis de trânsito, principalmente no que diz respeito a evitar o consumo de álcool e o excesso de velocidade.
“Na moto, você é a carcaça e recebe todo o impacto numa colisão”, lembra a pedagoga Maria Helena Gusso Mattos, coordenadora de Educação para o Trânsito do Detran-PR. Entre os vícios mais comuns dos motoqueiros, ela destaca o hábito de ziguezaguear entre os carros, andar acima da velocidade da via e, em muitos casos, até a falta de habilitação para conduzir o veículo.
De acordo com Brasilio Teixeira de Brito, diretor da Auto Escola Brito, o motociclista precisa ter noção do trânsito ao seu redor. “O importante é ter a consciência de que o motorista não vê você. E se for andar no ‘corredor’ entre os carros, tem que ser devagarzinho”, orienta. Para tirar a habilitação de moto, gasta-se, de acordo com o profissional, algo em torno de R$ 900. Quem já tem a carteira B, desembolsa menos – perto de R$ 600.
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Dicas
Veja algumas orientações de Marcos Adami, editor do site Bike Magazine (http://www.bikemagazine.com.br/).
Respeito
“Respeite as leis de trânsito, ande sempre do lado direito da via e nunca na contramão! Usar sempre o capacete e tomar cuidado nos cruzamentos”, ensina Adami. Cuidado redobrado também com esquinas e alças de acesso à direita, pois os carros podem cruzar na sua frente. A preferência, normalmente, é da bike, mas muitos motoristas desconhecem isso. Rode a 50 centímetros do meio-fio.
Regras
Buscar horários alternativos e vias de menor fluxo de veículos – principalmente ônibus e caminhões – é outra dica. Não esqueça de fazer a manutenção da “magrela” (pneus, correia e freios) e de usar os equipamentos obrigatórios: espelho retrovisor esquerdo, campainha e defletores (“olhos-de-gato”). Capacete, luvas e óculos de proteção também são bem-vindos.
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