
Após dez anos de existência, o Enem deve “crescer”. O plano do Ministério da Educação é transformá-lo no novo vestibular, unificando o sistema de seleção das universidades federais de todo o país e, se possível, das particulares e estaduais. Confira abaixo os principais pontos já divulgados sobre o novo Enem.
Estrutura
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- O exame será composto de 200 questões de múltipla escolha e uma redação, aplicadas em dois dias. Serão cinco testes, divididos em quatro áreas: ciências humanas (50 questões), ciências da natureza (50), matemática (50) e linguagens (50 e redação). Atualmente o Enem tem 63 questões de múltipla escolha e uma redação, realizadas no mesmo dia.
Autonomia - Cada instituição terá autonomia para definir pesos diferentes para cada teste.
Conteúdo - Os testes devem exigir mais conteúdo, mas continuam enfatizando a análise e raciocínio sobre as questões, como em anos anteriores.
Dificuldade - O nível de dificuldade deve ser fixo. Nos exames anteriores o grau de dificuldade era variável, sendo alterado a cada ano.
Aplicação - Este ano, as provas devem ser aplicadas nos dias 3 e 4 de outubro. As notas da parte objetiva do exame serão divulgadas em 4 de dezembro, e o resultado final, incluindo a redação, sai em 8 de janeiro de 2010.
Aproveitamento - Segundo o MEC, as instituições podem aproveitar o exame de quatro formas diferentes: na seleção de estudantes para vagas remanescentes, como primeira fase, como prova única ou combinado à nota do vestibular tradicional.
Habilidades - A adesão não impede que as universidades realizem testes de habilidade específica, como atualmente é feito para cursos como Artes ou Arquitetura.
Opções - O estudante poderá selecionar até cinco cursos diferentes em cinco instituições de todo o país, mas será aprovado em apenas um.
O curso - A escolha dos cursos deve ser realizada depois da prova, no momento da inscrição, e não antes, como nos vestibulares atuais. O estudante poderá consultar a nota mínima exigida para a aprovação em cada curso e modificar suas escolhas quantas vezes quiser.
Inscrição - O processo de inscrição para participar do exame será realizado pela internet, com taxa de R$ 35 para alunos de escolas particulares. Estudantes da rede pública ou bolsistas em escola particular estarão isentos.
Enade - O MEC estuda aproveitar a nota do novo Enem como a primeira fase do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) a partir de 2010. Nesse sistema, o Enade passaria a ser aplicado apenas para os concluintes do ensino superior, não havendo necessidade de teste para os ingressantes.
O Ministério da Educação quer que o novo exame alavanque mudanças na educação básica e torne mais democrático o ingresso no ensino superior. Especialistas defendem alterações mais profundas na qualidade do ensino básico
O Ministério da Educação (MEC) quer que o novo formato do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) seja o primeiro passo em direção a uma reforma do sistema educacional. O vestibular, utilizado há cerca de 40 anos como forma de acesso ao ensino superior, sairia do foco dos estudantes. A ideia é primar por conteúdos ricos em raciocínio e análise. Na visão do ministério, os atuais vestibulares priorizam a memorização. Na nova versão proposta, muitas lacunas ainda estão bem abertas. Entre as principais, a indefinição por parte das universidades sobre a adesão ou não ao novo sistema.
No Paraná, a Universidade Tecnológica Federal (UTFPR) anunciou que vai utilizar o sistema de seleção unificado do novo Enem, em 3 e 4 de outubro, para o processo seletivo de 2010. Já o Conselho Universitário da Universidade Federal do Paraná (UFPR) adiou a decisão sobre o assunto para 19 de maio. As instituições particulares debatem a adesão ao novo Enem na Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior.
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Além das dúvidas que deixam qualquer estudante do terceiro ano do ensino médio à beira de um ataque de nervos, educadores e especialistas divergem sobre a intenção que motivou a mudança: de democratizar o acesso ao ensino superior e melhorar a qualidade do ensino básico. Na opinião do reitor da UTFPR, Carlos Eduardo Cantarelli, uma das principais vantagens para o aluno é a possibilidade de tentar vagas em cinco cursos de cinco universidades no país inteiro, sem necessidade de deslocamento. “Evidentemente que não se sabe toda a logística. Mas é um impasse do primeiro momento. Dá um desconforto quando se quebra algo que vinha sendo feito há tantos anos da mesma forma”, diz.
Na proposta do MEC, as universidades podem manter as suas políticas de cotas afirmativas, inclusive beneficiar os estudantes de escolas públicas. O sistema de cotas, que iniciou na UFPR em 2004, garantiu o acesso de 35% de alunos negros e oriundos de escolas públicas no último ano. De acordo com o diretor do programa de televisão Eureka, direcionado a estudantes que estão concluindo o ensino médio, Marlus Geronasso, professor de Redação e Literatura, a solução seria uma mudança completa na educação básica. “O ensino médio tem uma evasão espetacular. Se não se muda lá atrás, várias situações vão surgindo no caminho e resulta no fracasso do ensino médio público. Se não fossem as cotas, o universo de alunos de escolas públicas que passam no vestibular seria de chorar”, diz.
Estrutura
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- O exame será composto de 200 questões de múltipla escolha e uma redação, aplicadas em dois dias. Serão cinco testes, divididos em quatro áreas: ciências humanas (50 questões), ciências da natureza (50), matemática (50) e linguagens (50 e redação). Atualmente o Enem tem 63 questões de múltipla escolha e uma redação, realizadas no mesmo dia.
Autonomia - Cada instituição terá autonomia para definir pesos diferentes para cada teste.
Conteúdo - Os testes devem exigir mais conteúdo, mas continuam enfatizando a análise e raciocínio sobre as questões, como em anos anteriores.
Dificuldade - O nível de dificuldade deve ser fixo. Nos exames anteriores o grau de dificuldade era variável, sendo alterado a cada ano.
Aplicação - Este ano, as provas devem ser aplicadas nos dias 3 e 4 de outubro. As notas da parte objetiva do exame serão divulgadas em 4 de dezembro, e o resultado final, incluindo a redação, sai em 8 de janeiro de 2010.
Aproveitamento - Segundo o MEC, as instituições podem aproveitar o exame de quatro formas diferentes: na seleção de estudantes para vagas remanescentes, como primeira fase, como prova única ou combinado à nota do vestibular tradicional.
Habilidades - A adesão não impede que as universidades realizem testes de habilidade específica, como atualmente é feito para cursos como Artes ou Arquitetura.
Opções - O estudante poderá selecionar até cinco cursos diferentes em cinco instituições de todo o país, mas será aprovado em apenas um.
O curso - A escolha dos cursos deve ser realizada depois da prova, no momento da inscrição, e não antes, como nos vestibulares atuais. O estudante poderá consultar a nota mínima exigida para a aprovação em cada curso e modificar suas escolhas quantas vezes quiser.
Inscrição - O processo de inscrição para participar do exame será realizado pela internet, com taxa de R$ 35 para alunos de escolas particulares. Estudantes da rede pública ou bolsistas em escola particular estarão isentos.
Enade - O MEC estuda aproveitar a nota do novo Enem como a primeira fase do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) a partir de 2010. Nesse sistema, o Enade passaria a ser aplicado apenas para os concluintes do ensino superior, não havendo necessidade de teste para os ingressantes.
O Ministério da Educação quer que o novo exame alavanque mudanças na educação básica e torne mais democrático o ingresso no ensino superior. Especialistas defendem alterações mais profundas na qualidade do ensino básico
O Ministério da Educação (MEC) quer que o novo formato do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) seja o primeiro passo em direção a uma reforma do sistema educacional. O vestibular, utilizado há cerca de 40 anos como forma de acesso ao ensino superior, sairia do foco dos estudantes. A ideia é primar por conteúdos ricos em raciocínio e análise. Na visão do ministério, os atuais vestibulares priorizam a memorização. Na nova versão proposta, muitas lacunas ainda estão bem abertas. Entre as principais, a indefinição por parte das universidades sobre a adesão ou não ao novo sistema.
No Paraná, a Universidade Tecnológica Federal (UTFPR) anunciou que vai utilizar o sistema de seleção unificado do novo Enem, em 3 e 4 de outubro, para o processo seletivo de 2010. Já o Conselho Universitário da Universidade Federal do Paraná (UFPR) adiou a decisão sobre o assunto para 19 de maio. As instituições particulares debatem a adesão ao novo Enem na Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior.
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Além das dúvidas que deixam qualquer estudante do terceiro ano do ensino médio à beira de um ataque de nervos, educadores e especialistas divergem sobre a intenção que motivou a mudança: de democratizar o acesso ao ensino superior e melhorar a qualidade do ensino básico. Na opinião do reitor da UTFPR, Carlos Eduardo Cantarelli, uma das principais vantagens para o aluno é a possibilidade de tentar vagas em cinco cursos de cinco universidades no país inteiro, sem necessidade de deslocamento. “Evidentemente que não se sabe toda a logística. Mas é um impasse do primeiro momento. Dá um desconforto quando se quebra algo que vinha sendo feito há tantos anos da mesma forma”, diz.
Na proposta do MEC, as universidades podem manter as suas políticas de cotas afirmativas, inclusive beneficiar os estudantes de escolas públicas. O sistema de cotas, que iniciou na UFPR em 2004, garantiu o acesso de 35% de alunos negros e oriundos de escolas públicas no último ano. De acordo com o diretor do programa de televisão Eureka, direcionado a estudantes que estão concluindo o ensino médio, Marlus Geronasso, professor de Redação e Literatura, a solução seria uma mudança completa na educação básica. “O ensino médio tem uma evasão espetacular. Se não se muda lá atrás, várias situações vão surgindo no caminho e resulta no fracasso do ensino médio público. Se não fossem as cotas, o universo de alunos de escolas públicas que passam no vestibular seria de chorar”, diz.
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