Olá amigos leitores.
Nesta
edição, trago novamente à tona um assunto já antigo em nossa cidade. A terceira
pista do Aeroporto Afonso Pena. A discussão iniciou há pelo menos 3 décadas, fruto
de apelo de empresários do Estado, que sempre acreditaram que a implantação
desta terceira pista traria diversos avanços para o Paraná, já que a obra
permitiria o pouso e a decolagem de aviões cargueiros de grande porte como
também a atração de voos internacionais, o que por sua vez geraria
competividade ao Estado.
Atualmente, a pista principal do Afonso Pena possui
2,2 km de extensão. A nova pista teria cerca de 3.2 km, tamanho de uma das
pistas do Aeroporto de Brasília. Nem é preciso aqui citar os enormes benefícios
para São José dos Pinhais caso o projeto saísse do papel. Por volta do ano de
2008 e 2009 a ideia quase conseguiu ser levada a frente. Na época, Paulo
Bernardo, então Ministro do Planejamento e Desenvolvimento, esteve muito
próximo de fazer tudo acontecer. Muito amigo de Ivan Rodrigues, na época
Prefeito da cidade, Paulo articulava a vinda de verbas motivada pela Copa do
Mundo de 2014.
Outra tentativa foi através de verbas do PAC-2. Também não
vingou. No ano de 2013, a INFRAERO finalmente contratou empresa especializada
para elaborar os projetos para a construção da terceira pista. Em 2015 os entes
envolvidos se reuniram novamente para viabilizar o projeto, o qual esbarrou na
falta de grana para realizar as desapropriações indicadas no projeto, que
através das primeiras estimativas girava em torno de R$ 350 milhões, valor de
investimento altíssimo e que aparentemente nenhum dos envolvidos queria se
comprometer. As discussões foram silenciadas até este ano, quando o assunto
voltou à tona com a futura privatização do aeroporto. O Governo estadual
reivindicou a União que a pista fosse colocada como prioridade de investimento
pela nova gestora. Como trata-se de valores altos, se sugeriu até mesmo a
criação de “gatilhos”, onde após o estudo de demanda, indicadores apontariam o
momento exato de realizar o investimento.
Porém, vejo que o principal empasse
da real demora é a vontade política. Com a mudança de governos Federais,
Estaduais e Municipais, o andamento do projeto regride. Falta vontade política
e alguém que toque realmente o projeto como prioridade. Acredito que ninguém é
mais interessado neste projeto do que a nossa cidade. Seria a hora do nosso
Município tomar as rédeas do assunto e faze-lo avançar.
Grande abraço e até a próxima.
RAFAEL FERREIRA.
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