segunda-feira, 8 de julho de 2019

TERCEIRA PISTA DO AEROPORTO AFONSO PENA



Olá amigos leitores.

 Nesta edição, trago novamente à tona um assunto já antigo em nossa cidade. A terceira pista do Aeroporto Afonso Pena. A discussão iniciou há pelo menos 3 décadas, fruto de apelo de empresários do Estado, que sempre acreditaram que a implantação desta terceira pista traria diversos avanços para o Paraná, já que a obra permitiria o pouso e a decolagem de aviões cargueiros de grande porte como também a atração de voos internacionais, o que por sua vez geraria competividade ao Estado. 

Atualmente, a pista principal do Afonso Pena possui 2,2 km de extensão. A nova pista teria cerca de 3.2 km, tamanho de uma das pistas do Aeroporto de Brasília. Nem é preciso aqui citar os enormes benefícios para São José dos Pinhais caso o projeto saísse do papel. Por volta do ano de 2008 e 2009 a ideia quase conseguiu ser levada a frente. Na época, Paulo Bernardo, então Ministro do Planejamento e Desenvolvimento, esteve muito próximo de fazer tudo acontecer. Muito amigo de Ivan Rodrigues, na época Prefeito da cidade, Paulo articulava a vinda de verbas motivada pela Copa do Mundo de 2014. 

Outra tentativa foi através de verbas do PAC-2. Também não vingou. No ano de 2013, a INFRAERO finalmente contratou empresa especializada para elaborar os projetos para a construção da terceira pista. Em 2015 os entes envolvidos se reuniram novamente para viabilizar o projeto, o qual esbarrou na falta de grana para realizar as desapropriações indicadas no projeto, que através das primeiras estimativas girava em torno de R$ 350 milhões, valor de investimento altíssimo e que aparentemente nenhum dos envolvidos queria se comprometer. As discussões foram silenciadas até este ano, quando o assunto voltou à tona com a futura privatização do aeroporto. O Governo estadual reivindicou a União que a pista fosse colocada como prioridade de investimento pela nova gestora. Como trata-se de valores altos, se sugeriu até mesmo a criação de “gatilhos”, onde após o estudo de demanda, indicadores apontariam o momento exato de realizar o investimento. 

Porém, vejo que o principal empasse da real demora é a vontade política. Com a mudança de governos Federais, Estaduais e Municipais, o andamento do projeto regride. Falta vontade política e alguém que toque realmente o projeto como prioridade. Acredito que ninguém é mais interessado neste projeto do que a nossa cidade. Seria a hora do nosso Município tomar as rédeas do assunto e faze-lo avançar.

Grande abraço e até a próxima.


RAFAEL FERREIRA.

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