Moção de repudio pela morte da professora do Guatupê

Foto: jornalmaisinformação.worpdres

A todos os educadores e à sociedade de São José dos Pinhais.

"Quem teve a oportundiade de trabalhar com a professora Maria Eunice sabe que ela era realmente uma guerreira. Professora dedicada, sempre levou a serio o seu trabalho em nosso municipio. Diante da sua morte provocada pela atual realidade de nossas escolas, o que nós professores, na ativa ou aposentados podemos fazer? Vamos pensar sobre isto".

O trecho acima é de e-mail que circula nas redes sociais, pedindo apoio para uma moção de repudio.

Pede o documento, atraves de uma "carta aberta" à comunidade, para aprovar a moção repudiando a situação de violência na educação nas Escolas Estaduais de São José dos Pinhais. Violencia essa, que ocasionou a morte da Professora Maria Eunice.

Eis o teor da carta aberta à comunidade:

CARTA ABERTA A COMUNIDADE

Nós, professores do Colégio Estadual Afonso Pena, nos mobilizamos na elaboração desta carta aberta como moção de repúdio a situação de violência na Educação, nas Escolas Estaduais de São José dos Pinhais, em relação a impunidade aos atos de vandalismo e monstruosidade que vem ocorrendo dentro de nossas escolas.

Neste momento estamos sendo solidários ao Colégio Estadual Guatupê e as professoras que lá trabalham, em virtude do ocorrido na última terça-feira, 03/04/2012, onde a direção da escola e professores foram vítimas de agressão física e verbal, por parte da família de um dos seus alunos.

A indignação e o descaso com que a educação vem passando é o que nos mobiliza a fazer este documento, cobrando de forma emergencial que providências efetivas sejam tomadas.

Sabemos por notícias, de que outros países também tem enfrentado estes problemas. Infelizmente o que ocorreu na sociedade norte americana, atravessou o oceano e está chegando até nós. Queremos dizer que o País foi colonizado e que muitas coisas ainda, nos dias atuais, copiamos dos países de fora: mas gostaríamos que as cópias fossem feitas com bons exemplos e não com a violência.

Mediante ao acontecido, conclamamos as nossas autoridades, para que este ato não volte a se repetir, pois entendemos e sabemos que os países que mais se desenvolveram foram os que mais investiram na Educação. Queremos desenvolvimento, respeito, dignidade e segurança para ministrar nossas aulas e que a promessa de valorização dos professores saia do papel e venha a se consolidar na prática. Lembrando que em conversa com gestores escolares, comentou-se sobre a possibilidade de termos um policial militar para atuar nas escolas para auxiliar nas questões de segurança.

Quanto a punição aos atos cometidos, que se faça cumprir a redação do artigo 331 do código penal brasileiro, em relação ao desacato ao funcionário público. Outro aspecto que julgamos de relevância, é o nosso pedido, que se estenda aos juristas da sociedade brasileira, que um novo olhar recaia sobre o ECA, em relação as medidas aplicáveis para solucionar os problemas ocorridos na prática educacional.

Do Blog do Bronca